quarta-feira, 4 de março de 2015

Um Infinito Atrás da Porta

O que espero dessa vida talvez seja algo que nunca se viu
procuro uma arma, algum pedaço de alma que arrombe esse funil
Deixando vazar os sentimentos mais banais
Os laços ancestrais que tínhamos com o vento
Quem sabe eu só precise de uma porta aberta
Respirar o ar que vem lá de fora
Do horizonte, onde tudo parece mais bonito
Tirar o livre arbítrio do armário cheio de poeira
E devastar todo esse cômodo apertado
Essa zona de conforto, que nos faz ir em busca de dinheiro e besteiras
Não preciso de nenhuma cueca nova, calça ou camiseta da ultima moda
hoje vou andar vestindo minha própria pele
E que ela fale mais de mim do que qualquer artifício
Aos poucos as correntes vão virando areia, aonde piso para entrar no mar
Sem me entregar as horas e delírios
Conversas com amigos fazem os sonhos se encontrarem
E quando a lua não mais dominar o céu
As estrelas sairão do papel e serão vaga-lumes
Iluminando seus cabelos
Fazendo cócegas em meus pentelhos
Enquanto o infinito nos faz ficar aqui olhando tudo ao redor sem pensar em nada.