procuro uma arma, algum
pedaço de alma que arrombe esse funil
Deixando vazar os
sentimentos mais banais
Os laços ancestrais
que tínhamos com o vento
Quem sabe eu só
precise de uma porta aberta
Respirar o ar que vem
lá de fora
Do horizonte, onde tudo
parece mais bonito
Tirar o livre arbítrio
do armário cheio de poeira
E devastar todo esse
cômodo apertado
Essa zona de conforto,
que nos faz ir em busca de dinheiro e besteiras
Não preciso de nenhuma
cueca nova, calça ou camiseta da ultima moda
hoje vou andar vestindo
minha própria pele
E que ela fale mais de
mim do que qualquer artifício
Aos poucos as correntes
vão virando areia, aonde piso para entrar no mar
Sem me entregar as
horas e delírios
Conversas com amigos
fazem os sonhos se encontrarem
E quando a lua não
mais dominar o céu
As estrelas sairão do
papel e serão vaga-lumes
Iluminando seus cabelos
Fazendo cócegas em
meus pentelhos
Enquanto o infinito nos
faz ficar aqui olhando tudo ao redor sem pensar em nada.